Cadeado rodeado de códigos digitais de criptografia
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Os infiltrados - agente do FBI no Mackenzie

Palestra de especialista trata de Proteção de Dados Pessoais

12.09.201819h54 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Os infiltrados - agente do FBI no Mackenzie

No início da tarde desta quarta-feira, 12 de setembro, David Brassanini, norte-americano com mais de 20 anos de carreira no Departamento de Justiça dos Estados Unidos e atualmente gerente do FBI no Brasil, esteve no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) para a conferência Proteção de Dados Pessoais, organizada pelo programa de Pós-Graduação em Direito Político e Econômico da Faculdade de Direito (FDir). O evento é parte do Seminário Internacional Gestão do Estado e Políticas Públicas: Desafios para o Controle da Corrupção, que ocorre até 14 de setembro no auditório Ruy Barbosa.

O agente discorreu sobre os constantes riscos a que nossas informações estão submetidas na rede, além de refletir sobre a presença de hackers no sistema de bancos; forças-tarefas criadas pelo FBI para o combate de ameaças; métodos de comunicação formais e informais; darknet como maior perigo dos últimos 100 anos (portal de difícil rastreabilidade e que contém todo tipo de criminoso); violência e corrupção como consequências da criptomoeda; e interferência estrangeira em eleições e participação de terroristas nesse processo.

“Aqueles terroristas que antes usavam a forma típica de carregar bombas consigo, de se explodir, ou deixar uma mala no aeroporto, são coisa do passado. Agora, vão achar outras formas de atuação, como a área cibernética”, pontuou Brassanini.

O especialista do FBI defendeu a cautela necessária dos dados que disponibilizamos em sites e redes sociais e deu dicas para melhorar a segurança, tais como alterar suas senhas a cada 90 dias ou menos. De acordo com ele, isso não vai bloquear totalmente a exposição dos dados, mas ajuda a protegê-los, em especial com informações de crianças que, por sua vez, não têm defesa. Essa preocupação se dá por não ser possível a retirada de forma completa das informações que circulam dentro dos meios digitais.

No âmbito político, disse que em muitos países as leis não são suficientes e cada vez mais as organizações criminosas vão usar a área cibernética para influenciar, não só a política, mas economia e outros setores que gerenciam o andamento de um país.

“Todos vocês sabem o que aconteceu com a gente durante as eleições nos EUA, há dois anos, e ainda estamos vivendo resquícios disso. Nós sabemos que existiu uma invasão”, finaliza ele a respeito da política norte-americana.