Planejar é preciso!

Planejar é preciso!

04.09.201916h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Planejar é preciso!

*Por Elaine Marcial

 

Há décadas que o Brasil carece de uma estratégia a longo prazo, mas nesta última sexta-feira, 30 de agosto, uma luz no fim do túnel surgiu. A Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) lançou o Sistema de Planejamento Estratégico Brasileiro (SIPEB), no auditório do Anexo I da Presidência da República.

 

O evento adotou como lema: Planejar é preciso! Além de necessário, sem planejamento, em especial de longo prazo, o país fica à deriva, sofrendo diversas soluções de continuidade e apresentando crescimento caracterizado como “voo de galinha”.

 

No mundo disruptivo que vivemos, ter uma estratégica é fundamental. Quais serão nossas apostas estratégicas? Em quais conhecimentos e tecnologias devemos priorizar nossos investimentos? Focadas para que setor prioritário da economia? Quais as nossas prioridades estratégicas? Quais os nossos desafios? Que fatores críticos de sucesso devem ser tratados para que obtenhamos sucesso em nossos investimentos? Quem são os atores-chave e que parcerias estratégicas deverão ser firmadas para a construção do futuro desejado?

 

O projeto apresentado, baseado na criação de um Centro de Governo responsável por formular a estratégia, coordenar o processo, monitorá-la e avaliar as políticas públicas, bem como realizar a articulação política, a comunicação e o accountability necessários, certamente não será trabalho de um único órgão. Será necessário a articulação de ação conjunta para que realmente o nosso país tenha uma estratégia a longo prazo, uma das funções primordiais da Presidência da República.

 

A comunicação, destacada como uma das ações estratégicas deste sistema, é essencial visto que toda a sociedade, em especial os agentes econômicos, devem conhecer a estratégia Nacional para que possam ajustar seus investimentos e assim contribuir para a sua consecução. Para tanto, será também necessário a construção e internalização de um pensamento estratégico nacional compartilhado por toda a sociedade brasileira com temos hoje em dia: “Brasil celeiro do mundo”. A força de um pensamento estratégico nacional é enorme, ele age de forma subliminar, influenciando até mesmo nossas decisões pessoais de compra. Não é por acaso que somos os líderes em vendas de caminhonetes. Ter uma caminhonete estacionada dentro de um shopping é sinônimo de status. Também explica o sucesso da música sertaneja em todo o nosso país. Este é o verdadeiro pensamento estratégico, pois move uma sociedade e a economia de um país.

 

Outros pontos importantes desse sistema referem-se à integração das políticas públicas e planos estratégicos, buscando-se uma atuação proativa e prospectiva. Essa criação de sinergia entre as políticas públicas nos trará agilidade e redução dos custos de implantação e do tempo de obtermos os resultados. A atuação proativa, por meio da antecipação de eventos futuros, será conduzida por uma sala de situação chamada Sala Brasil. A atuação daSala Brasil evitará crises, desgastes políticos com questões muitas vezes de cunho tático ou mesmo operacional, além de perda de tempo e de recursos desnecessários. Já a visão prospectiva nos ajudará a construir o país dos sonhos, bem como a solucionar problemas que carregamos há décadas. Essa visão será apoiada por um Observatório.

 

A Sala Brasil contará com monitoramento diário das principais questões estratégicas prioritárias, terá espaço para as reuniões do Centro de Governo e do Conselho de Governo, ambos responsáveis pelas decisões estratégicas. Disponibilizará salas temáticas e de trabalho para debates e construção de soluções, tudo isso sustentado pelo centro de monitoramento, apoiado por videowall. Já o Observatório fornecerá as informações mais focadas à produção prospectiva.

 

O SIPEB será responsável por coordenar a formulação da Estratégia de longo prazo que se desdobrará nos planos táticos (médio prazo), operacionais (curto prazo) e nos projetos, iniciativas e processos prioritários, integrando todas essas atividades ao orçamento para que haja a alocação adequada de recurso.

 

Finalmente, parece que o nosso país acordou para a importância de formularmos uma estratégia a longo prazo e está investindo no que, acredito, ser o primeiro passo para nos transformar em uma nação desenvolvida, conforme resultado apresentado no livro Brasil 2030: cenários para o desenvolvimento(disponível para download no portal do Ipea).

 

Mas esse, sem sombra de dúvidas, não é um trabalho a ser executado somente pela SAE/PR. Haverá a necessidade do envolvimento de todos os órgãos de Estado, no nível federal, estadual e municipal, principalmente pelo fato de que as políticas públicas acontecem no território e não em Brasília. Entretanto, é também necessário que toda a sociedade brasileira se envolva nesse projeto, visto que sem um pensamento estratégico Nacional esse esforço será em vão.

 

O Núcleo de Estudos Prospectivos da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (NEP-Mackenzie) esteve presente no evento, representado pelos pesquisadores Dra. Elaine Marcial, Dr. Thomas Fronzaglia, Ms. Marcos Pena e Ms. Marcos Françozo. O NEP-Mackenzie já elabora proposta de pesquisa que irá contribuir com esse projeto. Então eu pergunto: que país desejamos deixar para os nossos filhos e netos? E o que devemos fazer como sociedade para contribuir com a construção desse país tão sonhado? Qual a nossa contribuição?

 

Dra. Elaine Coutinho Marcial é coordenadora do NEP-Mackenzie – Núcleo de Estudos Prospectivos da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília.

 

*Por Elaine Marcial

 

Há décadas que o Brasil carece de uma estratégia a longo prazo, mas nesta última sexta-feira, 30 de agosto, uma luz no fim do túnel surgiu. A Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) lançou o Sistema de Planejamento Estratégico Brasileiro (SIPEB), no auditório do Anexo I da Presidência da República.

 

O evento adotou como lema: Planejar é preciso! Além de necessário, sem planejamento, em especial de longo prazo, o país fica à deriva, sofrendo diversas soluções de continuidade e apresentando crescimento caracterizado como “voo de galinha”.

 

No mundo disruptivo que vivemos, ter uma estratégica é fundamental. Quais serão nossas apostas estratégicas? Em quais conhecimentos e tecnologias devemos priorizar nossos investimentos? Focadas para que setor prioritário da economia? Quais as nossas prioridades estratégicas? Quais os nossos desafios? Que fatores críticos de sucesso devem ser tratados para que obtenhamos sucesso em nossos investimentos? Quem são os atores-chave e que parcerias estratégicas deverão ser firmadas para a construção do futuro desejado?

 

O projeto apresentado, baseado na criação de um Centro de Governo responsável por formular a estratégia, coordenar o processo, monitorá-la e avaliar as políticas públicas, bem como realizar a articulação política, a comunicação e o accountability necessários, certamente não será trabalho de um único órgão. Será necessário a articulação de ação conjunta para que realmente o nosso país tenha uma estratégia a longo prazo, uma das funções primordiais da Presidência da República.

 

A comunicação, destacada como uma das ações estratégicas deste sistema, é essencial visto que toda a sociedade, em especial os agentes econômicos, devem conhecer a estratégia Nacional para que possam ajustar seus investimentos e assim contribuir para a sua consecução. Para tanto, será também necessário a construção e internalização de um pensamento estratégico nacional compartilhado por toda a sociedade brasileira com temos hoje em dia: “Brasil celeiro do mundo”. A força de um pensamento estratégico nacional é enorme, ele age de forma subliminar, influenciando até mesmo nossas decisões pessoais de compra. Não é por acaso que somos os líderes em vendas de caminhonetes. Ter uma caminhonete estacionada dentro de um shopping é sinônimo de status. Também explica o sucesso da música sertaneja em todo o nosso país. Este é o verdadeiro pensamento estratégico, pois move uma sociedade e a economia de um país.

 

Outros pontos importantes desse sistema referem-se à integração das políticas públicas e planos estratégicos, buscando-se uma atuação proativa e prospectiva. Essa criação de sinergia entre as políticas públicas nos trará agilidade e redução dos custos de implantação e do tempo de obtermos os resultados. A atuação proativa, por meio da antecipação de eventos futuros, será conduzida por uma sala de situação chamada Sala Brasil. A atuação daSala Brasil evitará crises, desgastes políticos com questões muitas vezes de cunho tático ou mesmo operacional, além de perda de tempo e de recursos desnecessários. Já a visão prospectiva nos ajudará a construir o país dos sonhos, bem como a solucionar problemas que carregamos há décadas. Essa visão será apoiada por um Observatório.

 

A Sala Brasil contará com monitoramento diário das principais questões estratégicas prioritárias, terá espaço para as reuniões do Centro de Governo e do Conselho de Governo, ambos responsáveis pelas decisões estratégicas. Disponibilizará salas temáticas e de trabalho para debates e construção de soluções, tudo isso sustentado pelo centro de monitoramento, apoiado por videowall. Já o Observatório fornecerá as informações mais focadas à produção prospectiva.

 

O SIPEB será responsável por coordenar a formulação da Estratégia de longo prazo que se desdobrará nos planos táticos (médio prazo), operacionais (curto prazo) e nos projetos, iniciativas e processos prioritários, integrando todas essas atividades ao orçamento para que haja a alocação adequada de recurso.

 

Finalmente, parece que o nosso país acordou para a importância de formularmos uma estratégia a longo prazo e está investindo no que, acredito, ser o primeiro passo para nos transformar em uma nação desenvolvida, conforme resultado apresentado no livro Brasil 2030: cenários para o desenvolvimento(disponível para download no portal do Ipea).

 

Mas esse, sem sombra de dúvidas, não é um trabalho a ser executado somente pela SAE/PR. Haverá a necessidade do envolvimento de todos os órgãos de Estado, no nível federal, estadual e municipal, principalmente pelo fato de que as políticas públicas acontecem no território e não em Brasília. Entretanto, é também necessário que toda a sociedade brasileira se envolva nesse projeto, visto que sem um pensamento estratégico Nacional esse esforço será em vão.

 

O Núcleo de Estudos Prospectivos da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (NEP-Mackenzie) esteve presente no evento, representado pelos pesquisadores Dra. Elaine Marcial, Dr. Thomas Fronzaglia, Ms. Marcos Pena e Ms. Marcos Françozo. O NEP-Mackenzie já elabora proposta de pesquisa que irá contribuir com esse projeto. Então eu pergunto: que país desejamos deixar para os nossos filhos e netos? E o que devemos fazer como sociedade para contribuir com a construção desse país tão sonhado? Qual a nossa contribuição?

 

*Dra. Elaine Coutinho Marcial é coordenadora do NEP-Mackenzie – Núcleo de Estudos Prospectivos da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília.

 

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Assessoria de Comunicação

Mackenzie - Unidade Brasília

Rafael Querrer 

rafael.querrer@viveiros.com.br

(61) 3521 - 9098