Banda formada por mackenzistas mistura pop com rock e começa a fazer barulho em Brasília

Grupo já tem produção profissional, músicas gravadas, clipe lançado e organização poucas vezes observada em bandas iniciantes

23.09.201916h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Banda formada por mackenzistas mistura pop com rock e começa a fazer barulho em Brasília

Porão do Rock and Roll nacional, ao lado de outras capitais, como São Paulo, Recife e Curitiba, Brasília não se cansa de presentear o país com guitarras “irresponsáveis” e melodias revolucionárias. Como o baixo e a bateria, a Capital Federal já conduziu o ritmo que embalou a trajetória do gênero musical no Brasil, tatuando e caracterizando os microfones, palcos e estúdios com a originalidade das candangas Legião Urbana e Capital Inicial, por exemplo. Inovadora, Brasília não se cansa de acrescentar, em quase todas as oportunidades, as notas que elevam o rock brasileiro a patamares ainda não experimentados na cena do País. 

 

Nessa esteira, a Apollo XIII, formada pelos mackenzistas Samuel Hathaway (vocalista e violão), Ingrid Wimmer (vocalista), Ângelo (tecladista), Eduardo Cysne (baixista e guitarrista), Daniel Botelho (guitarrista) e Mateus Lauritzen (baterista), surge quebrando paradigmas ao misturar valores musicais, opiniões e estilos de forma organizada. “Queremos que nos levem a sério. Que entendam o nosso projeto. E para isso tratamos a banda de rock de uma forma diferente, como uma empresa, com profissionalismo”, explicou Lauritzen. A ideia do grupo é construir o sucesso, clave a clave, com organização em um processo que muitas vezes é controlado por instintos, acaso ou pelo ineditismo de uma aptidão natural ou dom.

 

A banda mistura o rock com a música pop, equilibrando um som mais pacífico de guitarra com outro mais agressivo. Entrelaçando a voz mais grave, estável e pesada de Samuel Hathaway, com a habilidade de Ingrid Wimmer de passear por várias notas e oferecer outras cadências à mesma música. A banda varia as velocidades nos pratos e surdos, com a intensidade do bumbo e as irreverências do baixo - definitivamente um dos vários pontos altos da Apollo XIII, com Eduardo Cysne quase sempre vestindo fantasias que provocam a atenção do público, dividido entre sorrisos e espanto. Enfim, a heterogeneidade do grupo não se traduz em unidade, mas sim em unicidade. 

 

Talentosos e criados em berços musicais, sempre com o apoio dos pais e do Mackenzie Brasília, os estudantes sonham alto, como os decibéis exigidos para a boa degustação do rock. Não querem sequer flertar com o cenário underground, que oferece amplo espaço e vida longa a bandas que não alcançam os ouvidos ou os bolsos da opinião pública, seja por estratégia, vontade própria ou qualquer eventualidade. Também pela ambição começam a chamar a atenção na cidade, com impressões da mídia local e convites para festivais de música. 

 

Recentemente, a banda se apresentou no Mackenzie para a entrega do prêmio de jornalismo à aluna Giulia Russo (Ver matéria anterior - Página XX), que escreveu sobre o grupo para a “Revista Águas Claras” e foi premiada.

 

O grupo já tem uma música lançada, autoral. “Preferimos assim, só tocamos música cover em shows, para chamar a atenção do público, no começo ou no final”, destacou Wimmer. Também já há um clipe disponibilizado, recentemente, no Youtube. “Estamos, agora, trabalhando para nos desvincularmos um pouco da imagem de estudantes. Não por ingratidão, mas porque queremos que o nosso público perceba que vamos além do que só um grupo de alunos do Mackenzie”, explicou.

 

História

 

Apollo XIII foi a sétima missão com tripulação do Projeto Apollo, coordenado pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), ocorrida em 1970. Era a terceira vez que a humanidade tentava pousar na Lua, mas a nave acabou sofrendo um acidente durante a viagem de ida, com uma explosão no compartilhamento de equipamentos e sistemas de suporte à missão, e o destino não foi alcançado. Os tripulantes, entretanto, conseguiram retornar à Terra, após seis dias no espaço. E por isso a banda, que antes se chamava “Lóbulo Temporal” adotou o nome, em substituição. 

 

A história contada pelo grupo é de que também passaram por uma “missão que não deu certo no começo, mas que todos se salvaram”, ou foram salvos. Tudo começou em uma sala de aula do Mackenzie Brasília, quando Mateus Lauritzen, Daniel Botelho, Ingrid Wimmer, Daniel Cunha, Hugo Carneiro Dumas, Josué Marcelo Claro - os três últimos não fazem mais parte do conjunto -,decidiram inscrever a banda para o “Show de Talentos”, organizado pelo Mackenzie Brasília no auditório do Colégio. 

 

A intenção era ensaiar e tocar a premiada música Seven Nation Army, composta por John Anthony White, em 2003, para a banda norte-americana White Stripes. “Passamos por muitas mudanças, era o começo de uma nova etapa nas nossas vidas. Acabamos brigando. Nem tocamos no show de talentos”, comentou Lauritzen, fazendo alusão ao acidente que retirou os músicos da rota. 

 

Mas as coisas voltaram aos trilhos. Em 2018, Samuel e Cysne entraram na jogada, juntamente com Ingrid e Josué Claro, posteriormente substituído por Ângelo. O grupo se reergueu e decidiu retomar o projeto inicial: tocar no Show de Talentos. “Simplesmente, acabamos tocando com a Andressa Sarkis, que hoje é bem conhecida, tem músicas no serviço de streaming, clipes lançados e já é produzida profissionalmente”, continuou. E depois desse reencontro e do feito no palco do Show de Talentos que a banda decidiu seguir uma linha reta e mais orientada para evitar o ocorrido no último ano. No auge da adolescência e das preocupações com o futuro, propuseram reuniões regulares com pautas, decisões em conjunto, metas a serem alcançadas e ideia de se tornar mais do que um grupo de estudantes.

 

“Somos muito gratos ao Mackenzie. Não fosse por essa instituição não seríamos amigos, não teríamos tocados nossas primeiras músicas nesses corredores, nessas salas de aula. Foi o Mackenzie que nos ofereceu tudo isso. O professor Walter que nos abriu o auditório para ensaios, o professor Marco Antônio, que comprou nossa ideia, o professor Ênio, que enfrentou algumas barreiras, mas conseguiu viabilizar nossos encontros, nossas gravações. A nossa professora de artes, Simone Rezende de Moraes, que nos ajudou muito, fundamentalmente, no começo. Enfim, o Mackenzie nos trouxe até aqui e está nos ajudando a ir além. Mas, agora, é hora de tirarmos os uniformes e mostrarmos nossa identidade, visto que ano que vem, inclusive, muitos de nós não estarão aqui”, agradeceu Lauritzen.

 

Futuro

 

A Apollo XIII também tem produção profissional de fotografia e vídeo, além do apoio empresarial de Juliano Borges, que atua no ramo de investimentos em Brasília, por meio da JB Investimentos. O empresário, que é amigo pessoal dos integrantes da banda, quer a Apollo XIII em grandes palcos. “Pela proposta deles, antes mesmo de eu chegar, nesse ano, a coisa já era grande. Nosso primeiro externo show foi em festivais com público importante. Alguns jornalistas já nos procuram para fazer matérias. Trabalho com produção cultural e estamos em conversas para, quem sabe, levarmos os meninos para grandes eventos. Teremos muitas novidades até o fim do ano”, explicou.

 

“O Mackenzie tem muitos talentos, é só saber explorar, valorizar além da fórmula de Báskara. Tem muita gente boa na parte cultural. Alguém precisa colocar fé nos meninos. E eu escolhi apostar neles. E tenho certeza que vai dar certo. Estou montando um time de produção com os amigos deles, aqui da sala de aula. A Laila Evellyng, por exemplo, também aluna da instituição, está nos ajudando na produção de vídeo. Todos são muito talentosos”, comentou.

 

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Assessoria de Comunicação

Mackenzie - Unidade Brasília

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Rafael Querrer 

rafael.querrer@viveiros.com.br

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