Pra que facilitar se é possível complicar?!

10.06.202010h51 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Pra que facilitar se é possível complicar?!

*Elisa Leão é professora doutora de Psicologia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, psicóloga clínica e palestrante

 

Vejo uma grande transformação social acontecendo em várias e diferentes dimensões. 

 

Inegavelmente, o momento é de convivência com lente de aumento em todos os lados fazendo aparecer os riscos a nossa volta. A primeira vez que vi através de uma lente de aumento foi com o meu pai, que tinha uma dessas com bolsa de couro. Quando criança, eu podia brincar com ela para fazer investigações em objetos e experimentos com raios de sol. 

 

Lembro que, com a lente, tudo ficava grande, e a sensação era de que os objetos estavam diferentes do que se via a olho nu. Era possível detectar detalhes daquele vaso de plantas ou de algum dos meus brinquedos, ou até mesmo do fogão, que sempre foi uma peça curiosa da qual eu não gostava de me aproximar. Interessante que a sensação era de ser uma detetive em busca de informações que pudessem ser importantes e que significassem uma grande descoberta que revelasse melhorias. 

 

Neste momento de Covid-19, a dimensão da lente de contato mudou, o potencial dos objetos também mudou, mas vejo semelhança no sentido do processo da lente, da investigação e do interesse em melhor utilização das possibilidades e das potenciais melhorias. 

 

O momento é diferente, não sou mais criança, não estou sozinha na utilização dessa lente e no interesse em fazer grandes descobertas, inclusive de coisas que inicialmente  não queremos nos aproximar. A considerada terceira guerra mundial, que surpreendeu a muitos por não ser com armamentos de fogo, trouxe inúmeros desdobramentos e, com eles, uma realidade do olhar para direções que não eram as habituais, embora necessárias. 

 

Os detalhes relacionados às diferenças sociais, aos problemas de relacionamentos familiares, às falhas dentro das organizações os quais já deveriam ter sido cuidados, mas, em função dos incêndios diários, não puderam ser pensados. As vantagens em ter planejamentos a curto, médio e longo prazo. A aceitação de que a tecnologia chegou para ficar e poder funcional na vida cotidiana. A necessidade de inovação e criatividade. A necessidade de ser autônomo e assumir as rédeas da própria história, sem ficar responsabilizando outras pessoas pelas próprias escolhas... 

 

A flexibilidade! 

A adaptabilidade! 

 

Assumir erros e corrigi-los, sem ficar estagnado em possíveis explicações e motivos e mais contextos... E a solução?! 

 

Facilita! 

 

A lente de aumento que quase parece a lente do microscópio que monitora as cotas da Covid-19 veio, implacavelmente, espelhar ajustes que não podem ser ignorados, mas, antes, que precisam ser cuidados com prioridade. 

 

Agora é o incêndio!

 

É questão de vida ou morte! 

Tem que ser feito e pronto! 

Simples.

 

Pra que complicar?! 

 

A lente aumenta e foca nos detalhes, mostrando de perto como melhor funcionam as engrenagens, descomplicando os processos. As necessidades saltam aos olhos e não deixam dúvidas sobre as prioridades. Simples! 

 

Agora é assumir e fazer! 

Tomar decisões.

 

Assumir riscos e sair do círculo vicioso tóxico da procrastinação. 

 

Risco de dar errado? É possível aperfeiçoar! 

Risco de sair da zona de conforto? Podemos conhecer um novo mais promissor! 

 

Risco de perder? Não é possível sempre ganhar! 

Complicado? Use a lente de aumento para aproximar a situação e descobrir que é sempre possível encontrar um melhor ângulo! 

 

Então, pra que complicar se você pode simplificar?! 

 

*Professora doutora de Psicologia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, psicóloga clínica e palestrante

 

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