Irmãos mackenzistas vencem em duas categorias de competição de Artes nos Estados Unidos

Família rédua se destaca em produção de vídeo e artes visuais em disputa da Universidade de Yale

09.03.202010h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Irmãos mackenzistas vencem em duas categorias de competição de Artes nos Estados Unidos

Os irmãos mackenzistas Raquel (17) e Rafael Rédua (13) foram vencedores da competição de arte da 49ª edição da Yale Model United Nations (YMUN), ocorrida entre 23 e 26 de janeiro na Universidade de Yale, localizada na cidade norte-americana de New Haven, em Connecticut.

 

Raquel, foi a primeira colocada da categoria Film, eleita pelo júri colegiado da instituição. O irmão ficou em segundo lugar na categoria Visual Arts, pela escolha popular, em votação realizada no Facebook. “Eu fiquei bastante feliz e impactada, foi um misto de emoções”, disse a aluna da 3ª série do Ensino Médio, que já havia ganhado o título de “Cidadã Global”, também com a produção de um vídeo, na mesma Competição, em 2019. “Quando soube do resultado, achei que era uma brincadeira, não consegui acreditar”, acrescentou Rafael. Ambos receberão a premiação em uma solenidade organizada no campus do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB), em abril, ainda sem dia marcado.  Na ocasião, os trabalhos serão apresentados para o público.   

 

Os alunos eram parte da comitiva formada por quatro mackenzistas, acompanhada pela coordenadora da Educação Internacional do CPMB, Erika Zaidan, que participou da tradicional simulação de crise da ONU, em Yale, com mais de 1.900 estudantes de todo o Planeta. A Competição de Artes, bem como outras concorrências intelectuais, ocorre concomitantemente, no espaço da Universidade, dentro da programação do YMUN. No evento, Raquel foi delegada das Filipinas e Rafael defendeu a bandeira da Irlanda. Ao mesmo tempo, os dois se preparavam para apresentar suas composições visuais. 

 

O tema da disputa artística foi Conectando ideias, Conectando Culturas e despertou nos jovens uma reflexão sobre o relacionamento das pessoas, especialmente na sua faixa etária, com os meios tecnológicos e digitais de comunicação, bem como a influência dessas ferramentas no convívio humano. As ideias retratadas artisticamente e os conceitos que as sustentaram até serem reconhecidas pelo juri e pelo público da Competição de Artes foram fundamentadas nas aulas, programas e atividades do CPMB, nos debates entre os colegas de turma e pelas provocações feitas pelos professores, em sala de aula, como destacaram os irmãos. “Em uma tarefa proposta no CPMB, eu e um colega discutimos sobre como as pessoas podem estar conectadas a vários lugares, ao mesmo tempo, hoje em dias”, disse Rafael, responsável por uma das melhores obras da exibição artística.

 

Em seu desenho, o mackenzista retratou uma pessoa em um momento pensativo. Nesse pensamento, impresso visualmente no desenho, eram circulados lugares e outras pessoas que o personagem já conhecia, mesmo sem tê-los encontrado pessoalmente. Uma analogia ao fato de a internet e as novas tecnologias da informação possibilitarem um acesso virtualizado a outros universos, simulando ou até substituindo o contato físico, pessoal, com determinada região ou pessoa. O protagonista da obra apresenta suas conexões com outras regiões e pessoas ao mesmo tempo em que enfatiza, também, as conexões dessas pessoas e regiões com ele, sublinhando a via multilateral de comunicação que permite a experiência do conhecer à distância. A ideia era representar o novo contexto de conectividade entre pessoas e localidades de todo o planeta. E destacar a facilidade dessa operação. “Uma mesma pessoa pode estar conectada a vários lugares e pessoas, bem como vários lugares e várias pessoas podem estar conectadas a uma pessoa”, explicou o aluno do nono ano do Mackenzie Brasília. 

 

Por outro lado, Raquel fez um vídeo em que critica a nova experiência de convivência entre jovens da sua geração. O roteiro, classificado por ela como “simples”, traduz uma situação complexa, construída pela inserção das inovações digitais no cotidiano dos adolescentes. “As amigas chegam na sorveteria para conversar, tiram uma foto e depois ficam só mexendo no celular, sem dar atenção umas para as outras. Na sequência, todas vão embora, uma por uma, quase que sem se falar, e mostram a superficialidade da relação digital, devido à interação com o celular. Elas postam a foto, interagem com a rede, mas não se comunicam entre si, pessoalmente”, explica.

 

A proposta do vídeo foi concebida para um projeto da ExpoMack, a Feira Cultural do CPMB, que ocorre no 2º semestre de cada ano. Raquel e mais quatro amigas (Ana Beatriz Farias, Ana Clara Reis dos Santos, Julia Caetano Almeida e Letícia de Sousa Pereira), que são as atrizes do vídeo e também participaram da elaboração do enredo, ficaram responsáveis por apresentar um produto (vídeo) dentro da temática “Internet, Redes Socias e Comunicação”, do segmento “Linguística” da Feira Cultural. “Conversando com as meninas sobre o que apresentar em vídeo sobre um tema tão vasto, com tantas possibilidades, em um vídeo de seis minutos, que embora seja pouco tempo para falar sobre tudo e bastante tempo para um vídeo, nós decidimos abordar como a tecnologia interfere nos relacionamentos entre as pessoas, muitas vezes as afastando”, comentou a mackenzista.

 

“Gravamos muitas cenas. Fomos ao Gilberto Salomão, aqui perto do Colégio, aqui no estacionamento, com o carro da minha mãe, e em outros lugares e situações, mostrando como as pessoas ficam desconectadas com o celular. E como isso impacta no dia a dia. Em novembro, decidimos, com a professora Erika Zaidan, ir para Yale, para a simulação da ONU, evento que também recebe diversas competições no campus da instituição, durante a programação. São pessoas do mundo inteiro compartilhando ideias, almoços com os professores, palestras e as competições. Foi então que eu editei o vídeo da ExpoMack, para o formato da competição, selecionando a cena específica e fazendo pequenas alterações, como a tradução dos “Quotes”, que compõem a comunicação e o estílo do vídeo”, continuou.

 

Raquel já havia ganhado, em 2019, o prêmio “Cidadã Global”, também na Competição de Artes - uma menção honrosa. Na ocasião, Raquel produziu para a temática “O que traz inspiração para você” um vídeo com imagens da natureza da sua cidade natal, o Rio de Janeiro, com uma discussão profunda como pano de fundo. “Retratei várias flores diferentes. Coloquei algumas que são solitárias, algumas que andam em grupos, enfim, comparei as diferença entre as flores com as diferenças entre os seres humanos, os diferentes comportamentos das pessoas. E as flores são para mim como as pessoas, inspiradora”, explicou.

 

Dessa vez, em 1º lugar na categoria Vídeo, Raquel será premiada em Brasília, com presentes da Universidade de Yale, um certificado e uma solenidade especial para anunciar o seu feito. “Eu acredito que o Mackenzie abriu as portas para mim em muitas coisas, principalmente nessa questão de participação da simulação da ONU, eu já entrei aqui pensando no InterMack e no InMack, no quanto essas propostas são sensacionais. Coisas que eu nunca tive antes. Não são só aquelas atividades dentro de sala de aula. São outras coisas também. Outras formas de ensinar e de nos inserir em debates importantes, como a discussão sobre redes sociais, tecnologia, relacionamentos, que eu acabei levando pro vídeo. A Roberta Savana, de redação, por exemplo, consegue, discutir muitos outros temas importantes para a nossa educação”, acrescentou Raquel.

 

Para a professora Erika Zaidan, a viagem foi triplamente importante. “Primeiro pela oportunidade de estar naquele ambiente, aprendendo, conhecendo uma outra cultura acadêmica, trocando informações e aplicando conteúdos que eles aprendem no Colégio. O que vale para todos que foram para o YMUN, incluindo a Julia Viveira e o Natan Moreira Martins. Depois, pelo reconhecimento da produção deles. Eles levaram reflexões importantes para a nossa realidade, representadas artisticamente, com muita competência e oferecendo ainda mais espaço para o debate sobre as problemáticas trazidas. E em último lugar, mas não menos importante, a possibilidade de trabalhar a pesquisa acadêmica, a capacidade de discursar em público, a ética e respeito nas relações, o trabalho em equipe, a negociação entre outras questões que são cobradas e exercitadas em uma simulação da ONU. Nós estamos muito felizes pelo que fizemos na YMUN e pelas vitórias dos Rédua”, concluiu a coordenadora.