Pastoral - Dia das Mães

MÃE, MUITO OBRIGADO!

   Durante minha caminhada como estudante de teologia, tive que ler muitos livros. Alguns li por obrigação, outros, por vontade própria e desejo de conhecer mais sobre um determinado assunto ou autor. Em uma dessas leituras (não obrigatórias), li um livro que contava uma interessante história sobre gratidão. A história era mais ou menos assim: “Em sua primeira exposição, um jovem pintor encantava a todos com belíssimos quadros de flores e paisagens. No entanto, entre seus quadros, havia um em que ele retratava duas mãos calejadas. Alguém percebeu que esse era o único quadro que não tinha a mesma temática dos demais e que, não tinha preço. Indo ao encontro do artista, a pessoa questionou sobre o assunto e ouviu a seguinte explicação: — Desculpe, senhor. Este quadro não está à venda, por isso não tem etiqueta de preço. É da minha coleção particular. — É um belo quadro, disse o homem, no entanto, um pouco deslocado entre os demais, você não acha? — Sim, é verdade! Ele sempre estará em todas as exposições que eu fizer em minha vida, pois devo minha arte a estas mãos. — E de quem são estas mãos? — São as mãos de minha mãe que trabalhou duro toda a sua vida, para eu poder estudar e aperfeiçoar a minha arte”.

   Hoje percebo o quanto me identifico com essa história. Lembro-me dos sacrifícios que minha mãe fizera, trabalhando diuturnamente. Lembro-me de todo seu esforço para eu estudar numa boa escola, usar boas roupas e nunca faltar comida na nossa casa. Parecia, muitas vezes, que minha mãe estava desprovida de bom senso e se doava mais do que pensa ter se doado; ofertando-me mais do que julgava ofertar. Era nítida a tristeza quando não conseguia proporcionar tudo o que ela gostaria de me dar. Agora, já adulto, pastor e com uma família constituída, vejo meus sonhos sendo concretizados. Por isso, é com alegria e gratidão que lembro das “mãos calejadas” da minha querida mãe. Sempre serei grato por cada esforço, cada sacrifício, cada dia e cada noite que ela trabalhou destemidamente. Isso, fez toda diferença.

   Você também se identifica? Como filho, entende a importância que sua mãe tem? Consegue ver “mãos calejadas”? Mãos sulcadas pela vida, cujas rachaduras guardam as dores do sacrifício? Essas mãos são as mesmas que também tangenciam e entregam, na agrura dos dias, as mais belas melodias. Que tal, então, fazer uma grande homenagem a sua mãe dizendo: “Mãe, muito obrigado!” Sabe por quê? Porque aquele que sabe mensurar a grandeza do legado de uma mãe, esse faz consolidar no coração a gratidão por sua existência, ainda que esta tenha sido por demais dolorosa.

   Nós, que fazemos o Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, aproveitamos o momento para agradecer a Deus por todas as Mães Mackenzistas e rogar que o Senhor Jesus as abençoe. Que suas “mãos calejadas” se tornem um legado para seus filhos.

“O Senhor te abençoe e te guarde;
O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.”
(Números 6:24-26)

Feliz Dia das Mães!

Com carinho.
Rev. José Roberto
Capelão