Alunos do ensino médio participam de simulação de crise internacional com universitários e futuros embaixadores do Instituto Rio Branco

Mackenzistas representaram uma Organização Não Governamental e atuaram com eficiência destacada em busca de uma solução pacífica para o conflito político

20.11.201917h16 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Alunos do ensino médio participam de simulação de crise internacional com universitários e futuros embaixadores do Instituto Rio Branco

Com atuação elogiada e amplamente comentada, os estudantes do ensino médio do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB) dividiram o espaço de debate e negociação com formandos do Instituto Rio Branco, graduandos da Universidade Católica de Brasília, alunos do Curso de Altos Estudos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG) e professores do Colégio Interamericano de Defesa (Washington), durante o “Exercício de Simulação de Crise Internacional”, ocorrido de 11 a 14 de novembro, nas futuras instalações da ESG - Brasília, onde hoje está a Escola de Administração Fazendária (Esaf), no Lago Sul. “Foi muito importante e enriquecedor para o amadurecimento deles. Tiveram uma oportunidade única para conviver com diferentes segmentos profissionais e participar ativamente do exercício”, avaliou a professora Cristiane Cid, de Espanhol, que acompanhou o grupo na Simulação. 

 

O evento, organizado pela ESG e pelo Instituto Rio Branco, reuniu cerca de 200 participantes e reproduziu uma conjuntura de tensão política ocorrida na fictícia Península de Silla, que seria, no mundo real, a Península Coreana. Os cursistas convidados atuaram como presidentes, ministros de Estado e embaixadores junto a uma reprodução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para buscar uma solução viável para o cenário.

 

“A simulação muda a vida das pessoas, dos estudantes, porque nos coloca numa posição em que precisamos pesquisar, assimilar discursos e posicionamentos políticos e saber como manifestar tudo isso e como se comunicar com os outros participantes”, comentou Gustavo Sathler Cruciol, um do membros do grupo mackenzista. “E o Mackenzie nos prepara bem para as simulações. Todas as regras e os procedimentos eu aprendi no IMack, nos treinamentos oferecidos pelo Colégio. O Mackenzie incentiva muito a nossa participação nessas simulações”, acrescentou a mackenzista Isabel de Ávila Torres.

 

Isabel e Gustavo, ao lado de João Gabriel Castro de Oliveira, Mateus Lauritzen de Lucena Melo e Samuel de Alencar Hathaway trabalharam como uma  Organização Internacional Não Governamental para influir nas decisões do Conselho de Segurança por uma alternativa pacífica ao conflito. Precisaram negociar com chefes de outras nações, interlocutores políticos, agentes externos e estabalecer uma estratégia para o estabelecimento de uma via não bélica para o conflito. A ação desenhada pelo grupo foi satisfatória, visto que a solução encontrada caminhou no sentido das propostas defendidas pelos alunos do Mackenzie. 

 

“A maior importância para alunos que estão nessa fase de ensino médio é viver a realidade, embora simulada, que eles não se deparam no dia a dia. Em outros exercícios de simulação participam apenas estudantes da mesma idade e mesmo grau de ensino acadêmico. Mas nesse exercício há estudantes dialogando com profissionais que já trabalham nesse campo das dificuldades das relações internacionais. Então, nesse ponto realmente é uma experiência toda diferenciada. Eu fiquei muito surpreso em ver o desempenho desses alunos, que são jovens, de 15 a 17 anos”, comentou o coronel Paulo Roberto Laraburu, coordenador e Professor do Curso de Análise de Crises  Internacionais da Escola Superior de Guerra

 

“Portanto, não há dúvida de que as relações diplomáticas terão outro nível, no futuro. São estudantes jovens que já nascem dentro de uma concepção de olhar para as crises internacionais no sentido mais cooperativo. Já passam a entender como que o Estado atua para superar uma crise internacional, desde os anos da sua juventude”, completou.

 

Para o contexto da simulação nove países fictícios foram criados. Como pano de fundo para o desenrolar das atividades, a Silla do Norte a Silla do Sul. Com capacidades nucleares, os dois países passaram a viver em uma rotina ameaçadora para ambas as nações - e para o resto do mundo - recebendo apoio e influência de super potências mundiais e outras nações (Siarus, Estados do Norte, Chonuá, Panjão, Ondia, Wantai, Luzon)com interesses nos resultados do conflito e em questões que iam além do confronto em si. O jogo político simulado foi acrescido de vários elementos complexos para a promoção de um ambiente de pressão de construção de narrativas e de desinformação que se verificam no desenrolar de crises internacionais. Havia a participação de, além das Organizações Não Governamentais, grupos de comunicação (imprensa) e hackers. Internamente, cada país tinha não só o Executivo, mas também o Legislativo, Relações Exteriores, sociedade civil organizada e até oposição, em alguns casos. 

 

“Os estudantes do Mackenzie estão de parabéns pela participação. Tivemos todos os níveis mais altos de escolaridade envolvidos na simulação, alunos do Rio Branco, a Universidade Católica, Coronéis… E a participação desses alunos do ensino médio do Mackenzie foi muito interessante,  pois ocorreu de forma bastante engajada, o que contribuiu muito para o evento. Essa experiência vai deixá -los mais preparados para a vida profissional, explicou o diretor do Departamento de Assuntos de Segurança e Defesa do Ministério das Relações Exteriores, que também participou do planejamento da Simulação.